Corinthians 1 x 2 São Paulo - O jogo tem 90 minutos, não 20
Os 20 primeiros minutos deram a impressão de que o Corinthians terminaria uns 3 gols à frente do São Paulo, tamanha a pressão que o Timão impunha sobre adversário.
Depois do gol do Émerson, fruto dessa postura agressiva, criamos mais umas 2 ou 3 chances claras que, se convertidas, fatalmente liquidariam a fatura.
Entretanto, o velho problema da ineficiência na hora de matar as partidas voltou a bater na porta, e acabamos permitindo que o rival acordasse e equilibrasse as ações.
Num contra-ataque muito bem puxado pelo Lucas, Luís Fabiano empatou e recolocou o seu time no jogo. Lance muito interessante de observar, tendo em vista que este time do Tite sempre se caracterizou por recuar, até em excesso, após abrir o placar.
Até o fim do primeiro tempo, a coisa ficou bem equilibrada, mas com o São Paulo já sendo mais perigoso, dando sinais de que uma hora encaixaria uma metida de bola, aproveitando-se da linha de impedimento da defesa corinthiana.
No segundo tempo, o São Paulo seguiu sendo mais insinuante no ataque, e logo de cara perdeu uma ótima chance com o Maicon.
Com a entrada do Martinez, o Timão ganhou em velocidade mas perdeu o meio. Danilo, centralizado, movido para a posição do Douglas, já não tinha pernas e ficou sumido.
Com o segundo gol do Fazguloso, Tite fez duas alterações kamikaze e foi para o tudo ou nada. Obviamente, ficou no nada.
Não há motivos para ficar puto com esse resultado, já que se trata de um clássico. Mas podemos tirar algumas conclusões negativas no que diz respeito ao nosso time:
* Paulo André pode ser inteligente, bom de papo, modelo, escritor, pintor e até fazer casamentos, mas não é um grande zagueiro, e fica cada vez mais claro que a presença dele compromete o desempenho da defesa. Ele o Fábio Santos, jogando ali pela esquerda, formam uma dupla extremamente preocupante, já pensando no Mundial, no fim do ano. E os caras ainda me emprestam o Marquinhos...
* Todas as vezes em que enfrentamos um time que possui um jogador talentoso e rápido acabamos nos complicando. Hoje foi o Lucas. Semana passada foi o Neymar. A defesa funciona muito bem quando o embate fica só no coletivo, mas quando entra uma individualidade na história, a coisa muda de figura. Será que não está na hora de analisar esse fato com mais cuidado? Não seria o caso de se ter uma estratégia diferente, recorrendo até, por que não, à marcação individual?
por Don, el Coringone